2016
O PLANETA
Antônio Carlos Scavone
No dia 30 de dezembro passado, Plutão chegou no 15º de Capricórnio (o signo da cristalização), no seu ponto de maior resistência. A economia mundial foi duramente golpeada nos últimos 7 anos e meio e o processo se desdobra. A queda do preço do petróleo mexeu no tabuleiro de poder do mundo. Deixou em maus lençóis potências como a Rússia e o Irã e criou até uma possibilidade de guerra entre o Irã e a Arábia Saudita, a responsável por forçar a derrubada do preço. As consequências são muitas, entre elas está o dano ecológico: para que investir em alternativas energéticas como o xisto, com o petróleo tão barato? O acirramento da tensão no Oriente Médio tende a crescer.
Nesse ano, confirmando uma tendência que já se esboçava para o mercado financeiro, a queda da economia chinesa. se acentuou em grau da intensidade: Esse fator mexeu com os Brics (os países emergentes, entre eles o Brasil) que sofreram uma perda de receita em suas exportações e ficaram mais fragilizados, dentro de uma economia mundial em crise.
Plutão faz também vir à tona questões milenares e não resolvidas. Algumas bastante ocultas no inconsciente coletivo, que contestam o status quo e ressurgem em centenas de anos. Por isso quando emergem vem com muita força, difícil de medir, tal tsunami, mas muito visíveis. Uma dessas questões é o terrorismo. Agravado pela Onda Urano-Plutão. Ele está espalhado pelo planeta e continuará agindo à sombra (Plutão) e de surpresa e com sincronicidade (Urano). E na sua versão expressa pelo Estado Islâmico tem uma meta também de destruir a civilização e seus símbolos mais significativos. No entanto, ele está conseguindo o impensável. Está unindo países que jamais pensariam em colaborar entre si e que trazem em suas histórias conflitos bem antigos. E o instinto de sobrevivência do status quo, sobretudo capitalista, força acordos, negociações e troca de informações, em vários níveis, para estancar a sangria.
Outro efeito da Onda Urano-Plutão é a guerra da Síria. São grupos distintos, lutando entre si, seja por orientações religiosas diferentes, seja por pertencerem a tribos diferentes do mesmo país ou de vizinhos. Ou a favor ou contra o governo. E o país se torna terra arrasada. Retalhado territorialmente com cada cidade sob um domínio de grupos diferentes. O que gera uma onda de refugiados. E força um posicionamento dos países mais ricos.
Mas Plutão rege a capacidade dos seres humanos de se transformarem e fazerem transformações radicais. A nível individual e coletivo. Ele nos dá uma força fora do comum para superarmos os desafios. E uma imensa coragem, para alcançarmos o que nos propomos. Por outro lado, Urano nos liberta de nossas amarras culturais e psicológicas e nos impulsiona para um novo horizonte. O ano será propício também para a Ecologia. É um momento para não desistirmos de investir nas energias mais limpas e definirmos metas de longo alcance a favor de uma vida mais saudável no planeta, preservando e administrando melhor as suas riquezas naturais, para as gerações que hão de vir. Um ano trabalhoso, mas que pode trazer bons frutos.´
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