OS MITOS DE SAGITÁRIO
Antonio Carlos Scavone
Sagitário, o nono signo do zodíaco, é regido pelo planeta Júpiter e regente de temas como: as leis, filosofias, religiões, os estudos superiores e o autoconhecimento. A figura do centauro representa a constelação de Sagitário. Vejamos os mitos gregos associados a este signo.
O CENTAURO: é uma misteriosa figura composta, da mitologia grega – metade cavalo, metade homem – que está sempre atirando suas flechas em algum alvo além do horizonte e que sai atrás desses alvos em rápido galope. Algumas vezes ele encontra suas flechas, mas em outras se perde completamente do objetivo, porque acha mais interessante o cenário do caminho do que o alvo, até que surja um novo alvo mais atrativo. Esta é uma imagem muito adequada e descritiva do Sagitário – que é a terceiro e mais volátil e aéreo dos signos de fogo. A chave desta imagem clássica é: aquilo que realmente interessa ao Sagitário é o desafio do alvo e a fascinação da jornada. O objetivo torna-se relativamente insignificante, porque existe uma atitude básica neste signo de que a vida é uma aventura, uma jornada, uma busca e que o verdadeiro “esporte” de vida é tornar essa jornada tão interessante, variada, expansiva e informativa quanto possível. A chegada não é e nunca será, o ponto mais importante.
JUPITER: O grande Zeus da mitologia é o planeta regente de Sagitário. Sua história nos ajuda a entender este signo. Júpiter é chamado “rei dos deuses Olímpicos”, sua figura é nobre, altiva e majestosa, e encanta e magnetiza as outras divindades. É um ator nato. É também um grande conquistador, sempre perseguindo ninfas e musas, não porque seja guiado por uma paixão insaciável, mas é o ideal que o motiva, a possibilidade de algo novo e desconhecido, um alvo inatingível e que escapa das mãos. Os sagitarianos têm esta propensão jupiteriana de não perder nada, seja um Projeto, uma Pessoa, uma Idéia, um novo trabalho criativo, qualquer coisa virtualmente nova e inexplorada. Os mais extrovertidos estarão sempre presentes em vernissages, inaugurações, mostras inéditas de filmes, lançamentos de livros. Porque o Sagitário tem um “faro” intuitivo de tudo o que poderá se tomar um sucesso, antes que os outros percebam. Os tipos mais introvertidos, não estarão nos lugares públicos, mas descobrindo os novos livros, as novas filosofias, os novos filmes e fenômenos culturais. É o mesmo faro intuitivo, agindo de forma mais interiorizada.
QUÍRON. É a terceira figura mitológica conectada com o Sagitário – cujo nome foi dado a um asteróide descoberto em 1977 e situado entre Saturno e Urano. Quíron é um centauro, mas é também um deus, irmão de Júpiter, de Netuno e de Plutão, possuindo, pois, o status divino dos outros deuses do Olimpo. Metade homem e metade cavalo, é o senhor das plantas e da Alquimia, conhecedor da magia e da sabedoria da Natureza. É visto como o sábio, o professor e o filósofo. Era uma figura muita misteriosa, conhecia a origem animal dos homens e sentia uma profunda tristeza por suas próprias contradições. Quíron foi ferido por uma flecha envenenada e essa ferida jamais cicatrizou, nem o matou, porque tinha recebido o dom da imortalidade, em função de sua sabedoria. Assim, Quíron era um curador ferido, que não podia curar a si mesmo e eliminar sua dor, o que o fez compreender muito profundamente a dor e o sofrimento humanos, aumentando sua sabedoria e compaixão.
O Sagitário com sua visão e intuição entra em contato com os grandes mistérios da natureza, possui um senso profundo que a vida é significativa, que o homem é divino, que todas as coisas têm um propósito e trazem lições para o crescimento. Mas a distancia entre a sua visão da luz e as limitações do ser humano é muito ampla. A realidade tangível e a vida material são sempre imperfeitas. Sentem-se, sempre, de alguma forma “feridos”, se comparadas com a visão que ele tem. Eis é a verdadeira, ferida aberta do Sagitário. Aquele que tiver a coragem para encarar sua visão de luz e a realidade de sua vida, certamente terá grande sucesso. Este será o verdadeiro curador-ferido, porque aprendeu a compaixão (qualidade que falta aos tipos mais primitivos). Será também possuidor de um dos mais profundos segredos da vida e da natureza humana: a dualidade do ser divino e do animal, subjacente em todos nós, encontrando sua integração e unidade.
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