VOCÊ JÁ EXPERIMENTOU UMA VIVÊNCIA SAGITARIANA? ANTÔNIO CARLOS SCAVONE
Todos nós, durante nossa existência, participamos de alguma das vivências sagitarianas. Elas têm durante certos períodos de nossa vida, mais peso do que em outros. E, para cada pessoa essa importância vai variar bastante.
A experiência da aventura. O amor da aventura é uma das mais fortes vivências sagitarianas. Todos nós, desde a infância, pelo menos alguma vez, procuramos trazer para perto aquilo que está distante. Esse desejo expressava-se, nas gerações passadas, pelas historias das longas viagens: “Simbad, o Marujo”, As Mil e Uma Noites”, “As Viagens de Gulliver” e tantas outras. Nas gerações mais novas, através de vídeos, filmes de viagens ou até mesmo documentários e games. Aventurar-se por “mares nunca dantes navegados” ou até navegados, descortinar novos horizontes, buscar ilhas desertas e continentes perdidos ou os povos antípodas, é um anseio que habita a alma humana. Acalentar a esperança e a fé de que no novo horizonte, seja no alto da montanha, ou num outro país ou continente, será melhor e mais bonito. Por certo, em algum recanto de nosso coração, em nossa criança interior, dorme um aventureiro incorrigível, que é mais facilmente desperto, quanto mais o nosso horizonte atual estiver em crise. Então, vem a vontade de levantar vôo, ir embora, assumir-se como o marinheiro dos sete mares. O que pode se realizar no fato, ou no sonho, dependendo do grau de apego de cada pessoa.
A experiência do desejo de enfrentar o risco é uma das mais fortes vivências sagitarianas. Seja jogar-se do trampolim mais alto da piscina, sentir o friozinho na barriga de uma montanha russa ou do vôo de uma delta …Onde houver o risco, ali estará o desejo de enfrentá-lo. Excita magnetiza e desafia a alma da pessoa sagitariana.
A experiência de buscar a meta da autosuperação. Presente não só nos esportes e passatempos, mas também na profissão. Bater os seus próprios recordes. Tanto o risco de velocidade, através do carro ou do avião, quanto riscos mais próximos a Natureza, como o alpinismo e os esportes radicais, fascinam… Júpiter, o regente dessa experiência, não tem medo e adora conferir sua sorte. Confia que vai dar certo e joga otimista no êxito. Não admite a possibilidade de fracasso. Escapar por um fio de um risco físico ou emocional é uma oportunidade de testar sua proteção cósmica. .
A experiência da expressão da verdade. Acompanha-nos ao longo da vida, desde a infância e a adolescência, quando nos sentimos, em geral, mais livres, para dizer o que é verdade sem “papas na língua” e com uma sinceridade rude, seguindo nossa vontade ou desejo. Até adultos, com regras implícitas e explicitas da sociedade, obrigando-nos a lidar com a verdade de outra forma. Mesmo imutável, em essência, a forma de expressá-la é outra. Logo aprendemos, em nossas relações interpessoais, o quanto uma crítica franca, feita sem tato, pode nos custar em termos de amizade. Passamos à crítica branda, civilizada, que pode se tomar tão inexpressiva, a ponto de perder a sua força, ou se anular. Por isso, há pessoas que preferem manter a contundência de suas críticas, a qualquer custo. Essa experiência abomina a mentira e faz tudo para evitá-la. Mas sabe os apoios que ela tem e carreia no jogo de interesses mundanos. A luta entre a verdade e a mentira é uma das mais difíceis de serem enfrentadas pelo homem. Torna possível que uma determinada verdade seja eleita como única e defendida com muito ardor, o que conduz à rigidez ideológica. E daí, para assumi-la como dogma, é um curto espaço. A tal ponto que o diálogo com as outras verdades fique inviabilizado. O oposto disso é a indulgência ideológica. Ela encerra seus riscos porque não consegue discernir o verdadeiro valor. E na sua aparente neutralidade causa outro tanto de males. Mas a crença cega no poder da verdade e a certeza inconsciente que ela pode brilhar por sua força mesma, embora contrária à vontade dos homens de ouvi-la, é uma arma perigosa na mão de qualquer espécie de fanatismo
A experiência da ingenuidade juvenil e romântica. Ocorre quando o adulto age como um “Don Quixote de la Mancha” lutando por ideais e visões utópicas, por causas perdidas ou as- pirações ainda impossíveis. Trazem nas suas lutas verdadeiras sementes da revelação do amanhã. Tornam-se profetas. No entanto, quando o homem não consegue assumir plenamente sua verdade, por temor ou conveniência, pode expressá-la externamente sem o aval de seu ser interior. E como se estivesse representando um papel de uma peça, no qual não acredita. Mas que deseja fazer os outros acreditarem. É a hipocrisia.
Pouco importa nossa idade. Essas experiências sagitarianas estão relacionadas, sobretudo, com o jovem que existe em cada um de nós. E, de uma forma ou de outra, sempre nos revitalizam. Aumentam nossa, vontade de viver, nosso entusiasmo.
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