O QUE É KARMA? AS REVELAÇÕES DE EDGAR CAYCE
ANTONIO CARLOS SCAVONE
Muito se tem falado de Karma no Ocidente e muito se tem escrito. Idéias distorcidas sobre o assunto têm sido apresentadas. O medo da morte, a divulgacão simplificada do tema, a tendência epicurista do Ocidente e o choque de dogmas religiosos que o assunto suscita, confundem. A ideia mais forte é o conceito de Karma como castigo. Um terrível castigo enviado do Olimpo, com o qual só nos cabe conformar. Assim, nos afastamos do maior significado dessa lei, que é o crescimento, a transformação e a evolução da alma. A dinâmica do Universo acaba sendo esquecida.
Uma das visões mais modernas e marcantes sobre o Karma é a de Edgar Cayce, um dos maiores sensitivos do séc.XX. Cayce viveu nos Estados Unidos de 1877 a 1945, desenvolveu intensa atividade psíquica, através de leituras de vidas anteriores (readings) das pessoas, para descobrir as causas profundas dos sofrimentos delas, ajudá-las no processo de cura. Há registro de 14 mil readings nos arquivos da Fundação Cayce, com curas comprovadas, através de métodos variados. Assim, suas idéias não são fruto de um sistema abstrato, mas uma constatação direta de sua experiência.
Cayce passou a acreditar em reencarnação, somente após a metade de sua vida. Suas consultas anteriores não consideravam o dado kármico. O requisito básico para que a Lei do Karma possa ser aceita, parte do princípio de que aquilo que se experimentou numa vida, passa a fazer parte da personalidade, e é transportada de uma existência à outra, refletindo-se em nossas futuras ações. Cayce, ao contrário da voz corrente, constatou que a logica do Karma, como Lei de Retribuição expressa-se multiplamente, tem sutilezas e complexidades nem sempre tão perceptíveis. Tal é o Karma da saúde física. Ora expressa-se simbolicamente, pela projeção de uma doença no corpo ou num órgão específico dele; para expiar um erro. Porém não se credite todas as doenças, todas as deformidades físicas, ao Karma. Cayce tratou de vários casos onde as causas eram acidentais. Dizia que, no Universo, os acidentes acontecem. Mas também os reconhecia como uma oportunidade de crescimento espiritual. As causas Kármicas, além de físicas poderão ser emocionais, mentais, ou éticas. Interpretar o Karma, fatalísticamente, como uma força cega e inexorável, e apenas lógica, é um erro. É uma lei precisa, que objetiva dar condições a alma, para se realinhar com a verdade cósmica. De difícil entendimento, é a característica e a ação psicológica dessa lei. Expressa-se muito mais psicologicamente do que de forma física. É o caso de um ex-governante que fez jorrar muito sangue em sua gestão. Cinco vidas após, nasceu com uma anemia profunda, como se o seu próprio corpo fosse o campo do massacre, para que ele experimentasse a carência infligida aos outros. Uma pessoa que tenha experimentado uma vida de poder e riqueza, e abusado disso, poderá renascer tão rica e poderosa, mas experimentar situações onde esse poder será inútil, para resolver até problemas humanos simples.
O momento histórico é outra questão importante. Cayce revelou que existe um Karma em suspensão, ou seja, a entidade espera a circunstância histórica apropriada, às vezes séculos, para resgatar um erro. Ninguém enfrentará uma provação Kármica, sem estar psiquicamente preparado, e sem possuir uma fortaleza interior proporcional.
Assim ocorre, inclusive, com as gerações, grupos de entidades preparadas para enfrentar uma determinada situação histórica. Cayce revelou que, em nossa civilização, havia muitos atlantes encarnados, pois nossas condições históricas e o avanço tecnológico são muito similares ao da Civilização Atlântida. O Karma dos atlantes referia-se ao mau uso das energias psíquicas, solar e atômica, e da alta tecnologia. Daí o importante papel dela, hoje, no amanhecer da Era de Aquário, e o teste dos seus membros a não repetirem o mesmo erro.
Cayce abordou também o problema ético. Se alguém exercita, dentro de uma sociedade, uma função institucional, tal um executor de mortes, como ficaria a questão kármica? Ele nos revela que não é o ato, mas o motivo, que determina o Karma. Se as práticas de uma sociedade forem condenáveis, elas geram uma culpa social e os membros da sociedade são passivamente culpados, não ativamente.
A culpa se toma progressivamente maior, caso estiverem conscientes do significado moral do costume e continuarem a praticá-lo, e se estiverem ativamente engajados na perpetração do erro. Se houver um consentimento interior, agindo com uma crueldade interna correspondente, sem o desprendimento impessoal da ação, então estarão gerando um Karma futuro.
Cayce revela muitos exemplos sobre as consequências do erro no reino moral, em vidas posteriores. Intolerância, expressando-se como distúrbio glandular; o do excesso de critica, vindo como uma inadequação pessoal; do mau uso dos poderes psíquicos, através da epilepsia. Mesmo um sentimento comum feito o orgulho, quando expresso em zombaria e desprezo, via a palavra ou o sadismo, pode gerar um Karma até surpreendente em termos corporais, pois equivale a um ato físico de agressão. Cayce cita exemplos de severos problemas físicos, inclusive, excesso de peso e paralisia, resultantes da mesma aflição física sofrida pelo zombado. Assim, precisamos entender o Karma como uma lei de ação e reação, compreendendo que a reação ou retribuição surge no mesmo campo para o qual a ação foi dirigida.
Considerando como três esses campos, temos o próprio corpo, o meio ambiente natural (todos os aspectos físicos ao redor); o meio ambiente social (todas as pessoas com as quais nos relacionamos). Assim, uma ação dirigida contra o próprio corpo, meu ou de outrem, gera uma reação física ou simbólica no corpo, numa outra vida, na forma de algum dano físico. Se numa vida anterior agredimos nosso meio ambiente, receberemos uma resposta a essa agressão, vinda da natureza. Por exemplo, um devastador de florestas, numa vida, em outra poderá nascer em um lugar árido e deserto, para experimentar a consequência trazida pela devastação. Também um prejuízo causado a sociedade, pode ter, como reação, uma posterior dificuldade do indivíduo na sua ascensão dentro de uma sociedade.
Desse modo, todas as nossas ações são o início de um processo circular que cedo ou tarde refletirá em nós mesmos, daí a grande responsabilidade que temos sobre elas. Cayce coloca como fundamental a mudança de consciência e caráter, inclusive para a mudança da condição Kármica física. A meta do Karma é a educação moral.
A grande lição que Cayce nos legou, foi a de não ter nunca promovido uma atitude passiva para a condição kármica, mas de ter encorajado sempre uma atitude vital e dinâmica, ao contrário de tantas crenças espalhadas sobre esse assunto. Afinal, é apenas por meio do pensamento e ação que tal condição será efetivamente transformada.
Oi Scavone , e Joana , estou a tua procura , preciso do seu endereço e numero de tel
trabalhei na clinica do Ricardo Calmont, fiz meu mapa com você a séculos, preciso de um contato seu
By: Joana on novembro 18, 2013
at 1:39 am
Oi Joana, como vai vc. Vou te enviar um e-mail passando os dados. Mas o meu e-mail mais usado agora é scavoneac@uol.com.br
By: astromundoacs on novembro 18, 2013
at 3:35 am