VOCÊ JÁ VIVEU UMA EXPERIÊNCIA PLUTÔNICA?
Antonio Carlos Scavone
Plutão, regente de Escorpião, nos proporciona, em alguns momentos de nossa vida, intensas vivências que podemos denominar experiências plutônicas. Para alguns, isso acontece raramente, para outros, com maior frequência. Como tudo o que se refere a esse planeta, essas vivências emergem do fundo de nossas almas, abalando fortemente nossa estrutura e se refletindo em nosso cotidiano. São, portanto, vivências anímicas, cuja consequência dependerá bastante da têmpera de cada individuo. Uma das experiências plutônicas que acontece inevitavelmente em algum momento na vida de todas, as pessoas, é o confronto com a morte de alguém ligado á nós. Essa perda precisa ser sentida, elaborada para que com ela aprendamos a conviver. Assim, a essência da experiência plutônica supõe desafio, uma vivência em profundidade, onde mergulhamos no fundo de nós mesmos e de lá extraímos força para recomeçar.
Uma das mais difíceis é a troca de nacionalidade. O rompimento com nossas raízes de pátria nos automutila. É como se perdêssemos uma parte fortemente integrada em nós mesmos. É a sensação de perder o chão. E como uma morte de um lado importante nosso. Para podermos superar é preciso nascer de novo. Muitas pessoas não conseguem essa superação. Prova disso é que a pena de exílio constitui-se num dos mais duros castigos que um ser humano pode sofrer. São famosas na Literatura Universal, as obras que discorrem sobre esse tema. A sensibilidade humana é tão profundamente remexida por isso que muita beleza já foi expressa, na sublimação dessa dor. Sentimentos como a melancolia e a saudade tomam conta do exilado. Principalmente quando forçado pelas circunstâncias como no caso econômico, a experiência é difícil. Mas em qualquer caso, a troca de nacionalidade constitui-se numa espécie de morte. Pátria, língua e mãe possuem uma força de base que subjaz aos nossos atos. No mundo em que vivemos, embasado em valores materiais, a questão do ter ganha uma prioridade muito grande. Devido a isso, uma pessoa que perde seu status social, em função de uma crise econômica, enfrenta o desmoronamento dos valores externos criados pela sociedade, com os quais se identificava. As consequências disso são muito grandes. Facilmente a pessoa somatiza essa derrota em doenças no próprio corpo ou se toma presa de uma grande angústia sem saber o porquê. O que acontece é que ela está vivendo uma experiência plutônica. Então, deve compreender que a saída é voltar para dentro de si mesma, para redescobrir e reencontrar a própria força interior e com ela refazer o seu caminho. Ao contrário do que a maioria das pessoas faz neste momento, que é tentar resgatar o status-quo perdido, de qualquer maneira, sem uma reestruturação interna correspondente. Na medida, em que num casamento é uma terceira energia gerada da composição de duas pessoas, como mostra o Mapa Composto, existe sempre uma tendência das partes envolvidas mesclarem suas identidades, a ponto de ficar difícil, algumas vezes, a identificação de quem e quem, dentro do relacionamento. O fim do casamento é, pois, o fim desse processo de fusão. E isto pode gerar, nas pessoas envolvidas, uma profunda crise de identidade, a ponto de precisarem resgatá-la por completo num processo de elaboração bastante lento.
A pessoa sentirá a necessidade de perceber até que ponto ela pode decidir por si mesma, expressando sua real vontade, agora que está sozinha. É um momento que requer uma profunda revisão dos hábitos, das idéias e dos valores que, de repente, estão tão somente mesclados com os do ex- cônjuge. A cirurgia que isto requer é também uma experiência plutônica; cuja saída é o renascimento. Nas relações, essa experiência pode acontecer num nível menos complexo, num noivado, namoro ou amizade. Também aí o rompimento nos leva, não raro, a crises que exigem recuperação. Mas como a fusão não é, geralmente, tão intensa, o processo torna-se mais simples, embora seja sempre muito dolorido.
Há outros tipos de experiências plutônicas, que nos colocam mais perto, inclusive, da morte física. É o caso de doenças de cura muito difícil ou de acontecimentos que envolvem violência, como o rapto e os sequestros. Quanto às doenças, a força de Plutão em regenerá-las transcende muito os limites físicos. O papel desse planeta nos Mapas Astrais dos médicos, terapeutas e curadores em geral, é muito forte. Porque Plutão traz em si o germe da doença e a força para curá-la. Um exemplo é o caso das doenças psicossomáticas, onde, na medida em que pessoa resolve seu conflito interno, livra-se da doença como consequência. Geralmente, a experiência plutônica vem para nós com um caráter de algo que não pode ser adiado. Ela urge; tal um vulcão que precisa explodir, senão implode. Mas ela exige de nós uma decisão solitária, na qual ninguém pode nos ajudar, pelo menos no que diz respeito ao cerne da questão. Estaremos mais centrados em nossa força interior e prontos para um novo começo. Renascendo, renovando, vivemos o nível mais fundo de nossa alma. Vivemos Plutão.
Já vivenciei tantas experiências plutonianas que acabamos passando por elas de maneira mais equilibrada. Uma delas foi quando plutão entrou em minha casa 1 e ficou oposto a minha Lua na casa 7. Qu
ando encostou a 1° grau da Lua levou meu pai, passou, andou, e quando retornou e ficou 1° após a Lua, levou minha mãe. Isso foi em um espaço de 2 anos, mas nesse meio tempo, levou meus 3 tios, 2 irmãos de meu pai, e um cunhado. E nessa mesma época, meu filho foi morar em Manaus com minha nora, e meu irmão mais novo, foi com a minha cunhada e meus dois sobrinhos morar fora do Brasil. Resultado uma revolução total na família, mas sai dessa como uma fênix, renascida das cinzas.
By: celinalago on outubro 29, 2013
at 9:40 pm
Poxa!!! É experiência plutônica para ninguém botar defeito!! Por mais difícil que seja reconhecer a finalidade é que nos tornemos Fênix, para aprender a morrer e renascer.
By: astromundoacs on novembro 7, 2013
at 10:59 pm