Publicado por: astromundoacs | outubro 23, 2013

VOCÊ JÁ VIVEU UMA EXPERIÊNCIA PLUTÔNICA?

VOCÊ JÁ VIVEU UMA EXPERIÊNCIA PLUTÔNICA?

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                                                                            Antonio Carlos Scavone

Plutão, regente de Es­corpião, nos proporciona, em alguns momentos de nossa vida, intensas vivên­cias que podemos denomi­nar experiências plutônicas. Para alguns, isso acontece rara­mente, para outros, com maior frequência. Como tudo o que se refere a esse planeta, essas vivências emergem do fundo de nos­sas almas, abalando forte­mente nossa estrutura e se refletindo em nosso cotidiano. São, portanto, vivên­cias anímicas, cuja consequência dependerá bastan­te da têmpera de cada individuo. Uma das experiências plutônicas que acontece ine­vitavelmente em algum momento na vida de todas, as pessoas, é o confronto com a morte de alguém li­gado á nós. Essa perda pre­cisa ser sentida, elaborada para que com ela aprenda­mos a conviver. Assim, a essência da experiência plutônica supõe desafio, uma vivência em profundi­dade, onde mergulhamos no fundo de nós mesmos e de lá extraímos força para recomeçar.

Uma das mais difíceis é a troca de nacionalidade. O rompimento com nossas raízes de pátria nos automutila. É como se perdês­semos uma parte forte­mente integrada em nós mesmos. É a sensação de perder o chão. E como uma morte de um lado impor­tante nosso. Para poder­mos superar é preciso nas­cer de novo. Muitas pes­soas não conseguem essa su­peração. Prova disso é que a pena de exílio constitui-se num dos mais duros cas­tigos que um ser humano pode sofrer. São famosas na Li­teratura Universal, as obras que discorrem sobre esse tema. A sensibilidade humana é tão profunda­mente remexida por isso que muita beleza já foi ex­pressa, na sublimação des­sa dor. Sentimentos como a melancolia e a saudade to­mam conta do exilado. Principalmente quando forçado pelas circunstân­cias como no caso econômi­co, a experiência é difícil. Mas em qualquer caso, a troca de nacionalidade constitui-se numa espécie de morte. Pátria, língua e mãe possuem uma força de base que subjaz aos nossos atos. No mundo em que vive­mos, embasado em valores materiais, a questão do ter ganha uma prioridade mui­to grande. Devido a isso, uma pessoa que perde seu status social, em função de uma crise econômica, en­frenta o desmoronamento dos valores externos cria­dos pela sociedade, com os quais se identificava. As consequências disso são muito grandes. Facilmente a pessoa somatiza essa der­rota em doenças no próprio corpo ou se toma presa de uma grande angústia sem saber o porquê. O que acon­tece é que ela está vivendo uma experiência plutônica. Então, deve com­preender que a saída é vol­tar para dentro de si mes­ma, para redescobrir e reencontrar a própria força interior e com ela refazer o seu cami­nho. Ao contrário do que a maioria das pessoas faz neste momento, que é ten­tar resgatar o status-quo perdido, de qualquer ma­neira, sem uma reestrutu­ração interna correspon­dente. Na medida, em que num casamento é uma terceira energia gerada da compo­sição de duas pessoas, co­mo mostra o Mapa Com­posto, existe sempre uma tendência das partes envol­vidas mesclarem suas identidades, a ponto de fi­car difícil, algumas vezes, a identificação de quem e quem, dentro do relacionamento. O fim do casamento é, pois, o fim desse proces­so de fusão. E isto pode ge­rar, nas pessoas envolvi­das, uma profunda crise de identidade, a ponto de pre­cisarem resgatá-la por completo num processo de elaboração bastante lento.

A pessoa sentirá a necessi­dade de perceber até que ponto ela pode decidir por si mesma, expressando sua real vontade, agora que es­tá sozinha. É um momento que requer uma profunda revisão dos hábitos, das idéias e dos valores que, de repente, estão tão somente mesclados com os do ex- cônjuge. A cirurgia que isto requer é também uma ex­periência plutônica; cuja saída é o renascimento. Nas relações, essa expe­riência pode acontecer num nível menos comple­xo, num noivado, namoro ou amizade. Também aí o rompimento nos leva, não raro, a crises que exigem recuperação. Mas como a fusão não é, geralmente, tão intensa, o processo torna-se mais simples, em­bora seja sempre muito do­lorido.

Há outros tipos de expe­riências plutônicas, que nos colocam mais perto, inclu­sive, da morte física. É o caso de doenças de cura muito difícil ou de aconteci­mentos que envolvem vio­lência, como o rapto e os sequestros. Quanto às doenças, a for­ça de Plutão em regenerá-las transcende muito os li­mites físicos. O papel desse planeta nos Mapas Astrais dos médicos, terapeutas e curadores em geral, é muito forte. Porque Plutão traz em si o germe da doença e a força para curá-la. Um exemplo é o caso das doenças psi­cossomáticas, onde, na me­dida em que pessoa resolve seu conflito interno, livra-se da doença como conse­quência. Geralmente, a experiên­cia plutônica vem para nós com um caráter de algo que não pode ser adiado. Ela urge; tal um vulcão que precisa explodir, senão implode. Mas ela exige de nós uma decisão solitá­ria, na qual ninguém pode nos ajudar, pelo menos no que diz res­peito ao cerne da questão. Estaremos mais centrados em nossa força interior e prontos para um novo co­meço. Renascendo, reno­vando, vivemos o nível mais fundo de nossa alma. Vivemos Plutão.

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Respostas

  1. Já vivenciei tantas experiências plutonianas que acabamos passando por elas de maneira mais equilibrada. Uma delas foi quando plutão entrou em minha casa 1 e ficou oposto a minha Lua na casa 7. Qu
    ando encostou a 1° grau da Lua levou meu pai, passou, andou, e quando retornou e ficou 1° após a Lua, levou minha mãe. Isso foi em um espaço de 2 anos, mas nesse meio tempo, levou meus 3 tios, 2 irmãos de meu pai, e um cunhado. E nessa mesma época, meu filho foi morar em Manaus com minha nora, e meu irmão mais novo, foi com a minha cunhada e meus dois sobrinhos morar fora do Brasil. Resultado uma revolução total na família, mas sai dessa como uma fênix, renascida das cinzas.

    • Poxa!!! É experiência plutônica para ninguém botar defeito!! Por mais difícil que seja reconhecer a finalidade é que nos tornemos Fênix, para aprender a morrer e renascer.


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