JOHN LENNON, O GRITO DE LIBRA
Antonio Carlos Scavone
Poucas foram as celebridades de nosso século, que viveram com tanta intensidade, o significado profundo do seu signo Libra e do signo oposto complementar, Áries, como John Lennon.
Esses signos trazem em si a dialética do eu e do tu. A necessidade de equilibrar os direitos e deveres do eu, com aqueles referentes ao tu. Em síntese, o desafio do homem perante o outro e os outros. Ou seja, a humanidade.
Toda a vida de Lennon é um exemplo vivo dessa contradição. Ele desenvolveu suas qualidades de ação e decisão, tipicas do signo de Áries e encontrou a harmonia que buscava através de sua Libra. Para ele, isso foi vivido com a plenitude da consciência porque esse eixo Áries-Libra era o seu eixo do Ascendente – Descendente e sua identificação com esses signos é obvia. Libra, seu signo solar, nos diz bem do cantor, o compositor, o marido feminista, o pacifista; Áries, seu signo ascendente, mostra-nos o líder, o rebelde, o independente, o roqueiro, o guerreiro Lennon.
Ambos também falam das suas qualidades e defeitos que se tomaram mais claras para seus milhares de fãs, depois da separação dos Beatles. Na realidade, mostrou-nos então que não era somente um ex-beatle, o que foi gloriosamente, mas era, sobretudo, John Lennon. No decorrer de sua vida bem o demonstrou, em várias das suas atitudes, entre elas, nos seus casamentos. Librianamente casou com Cynthia porque estava grávida, embora nunca tivesse muito o que falar com ela que “ficava quieta o tempo todo e não atrapalhava nada”.
Arianamente juntou-se a Yoko contra os Beatles, contra os fãs, contra o mundo. A força de Libra despertava nele o desejo de harmonizar com o outro; a de Áries fazia-o um contestador, sempre pronto a dar o troco e a resposta rápida, quando desafiado. E ficou com Yoko até o fim, buscando nessa relação o equilíbrio do primeiro eixo, Áries-Libra, com marchas e contramarchas, uniões e separações, conflito e paz. No fim, veio a harmonia. Yoko estava plenamente integrada na sua vida. Sua mulher, mãe de seu filho, e sua companheira de arte, trabalho e lutas.
Hoje, ninguém dúvida que John Lennon foi o grande líder dos Beatles. Soube, de fato e de direito, comandá-los, embora isso nunca tenha sido fácil, principalmente para Paul. E claro que os outros Beatles também não admitiam publicamente essa liderança. Mas, principalmente, devido a força e a facilidade com que nele se expressava o primeiro eixo do Zodíaco, foi capaz de polarizar ao seu redor as grandes linhas mestras do quarteto, o maior fenômeno de comunicação de massas dos anos sessenta.
A força desse eixo dividia-se com a presença do Touro-Escorpiao (o segundo eixo) totalmente colocados dentro da primeira e sétima áreas do mapa. De fato, John Lennon, era um libriano típico. Um grande acúmulo de planetas no signo de Libra, com tudo voltado, inclusive o regente do mapa (Marte) e do signo (Vénus), para a área do serviço. Dai sua arte sempre misturou a beleza e a eficiência, tornando-se um poderoso instrumento de conscientização das pessoas, com o apoio direto do inconsciente. Por isso Lennon não limitou suas ações, por isso descobriu nos pequenos gestos, grande força e com suas atitudes mais ingênuas tocava fundo nas pessoas. Como nenhum outro artista, provocou mudanças no comportamento planetário. Foi um moderno na plenitude da palavra. Universalidade e popularidade andaram sempre juntas com ele. Participou de todas as transformações e a todas abordou nas suas canções: Em “Imagine” posicionou- se contra violência; em “Getting Better” defendeu o feminismo; em “God“ anuncia o fim do sonho dos anos sessenta. Sua capacidade de transformar as pessoas e o estabelecido vinha da sua forte conexão com o signo do inconsciente. Sua capacidade alquímica demonstrava-se no modo de elaborar sua arte. A experimentação foi uma característica marcante nela. E aí o pioneirismo ariano revelou-se com muita grandeza. John estava sempre na frente. Beatle, imprimiu no conjunto a marca da renovação. O fruto desse trabalho abriu novos campos na música pop, integrando-se com o que havia de mais avançado na música clássica. Com o planeta da consciência cósmica trabalhando no segundo eixo(Touro-Escorpião) foi capaz de iluminar e descobrir o novo, dentro dos “tesouros” mais antigos. Veja-se a influência do folclore, da valsa e do jazz na obra dos Beatles e na sua. Toda essa originalidade canalizava de maneira venusiana e realista, mas profundamente escorpiônica, nas suas composições. Por isso, sua arte tornou-se um veio para todos aqueles que buscam novos horizontes, dentro da música popular. E seu magnetismo ajudou até a tornar mais flexível a barreira antes rígida do popular com o clássico.
A poesia de John Lennon não poderia deixar de ser poderosamente bela e de buscar a expressão da justiça. Isso porque o núcleo de sua individualidade expressava-se também com a força de Palas, o símbolo da sabedoria. A consciência clara da necessidade de equilibrar os seus direitos e deveres com os dos outros, tomava-se mais aguda ainda. Grande era a sua percepção do outro e mais prudente do que parecia, sua inteligência. Era um verdadeiro cruzado pelas grandes causas humanitárias. De voz e guitarra, como armas, mexeu e transformou as pessoas de uma maneira admirável. O que o ajudou bastante no relacionamento de trabalho com os outros e com Yoko e teve um papel importante na sua liderança.
A ligação existente entre o canal de comunicação e o inconsciente na área do relacionamento, tão fluida em John permitiu que se expressasse a profundidade de sentimentos subjacentes no seu amor por Yoko. Nem mesmo o resultado de suas terapias deixou de ser expresso. Ceres, o símbolo da colheita, ai conectada, conferia uma obstinação nos seus objetivos, nas suas relações e um lado utilitário e de dever na sua expressão artística.
O próprio palavrão foi incorporado na sua arte de uma forma libriana. E os conteúdos do inconsciente subiam à superfície, belos na sua poesia, porém duros na sua realidade. Essa capacidade de escancarar sua vida afetiva e familiar e mostrar para o mundo a sua verdade e felicidade era aumentada por sua lua duplamente aquariana e pela força do signo de Leão no seu Mapa, o que o levava também a exageros. Por isso a coragem de mostrar seus problemas mais profundos, como em “Mother” ou de partilhar sua poesia com movimentos políticos como em “Some in New York City” ou sua alegria doméstica:“Double Fantasy”. Cooperar com Yoko, dividir com ela seu espaço nos discos, cada vez mais tornava-se sua rotina artística.
Era a gangorra equilibrando-se na sua relação amorosa e com a vida. No seu nascimento, expansão e disciplina, conjugavam-se em Touro e com elas se identificava. Sabia que cresceria e atingiria o melhor dos seus potenciais, mas para isso era preciso aceitar seus limites, trabalhar duro e auto-disciplinar-se. Foi o que fez, chocando o mundo ao recolher-se ao lar, por cinco anos, para cuidar do filho e fazer pão.
Na realidade, solidificava sua plataforma para alçar voos mais altos. Mas nunca poderíamos pensar que fosse para a eternidade. E assim eternizou-se no coração e na alma daqueles que compreenderam a universalidade de sua mensagem.
Como bom libriano me identifico e agradeço pelo magnífico texto.
By: Gláucio Campos on novembro 10, 2013
at 3:38 am
Lennon representa um tipo de libriano alto astral que a gente chama palasiano. Pallas simboliza a guerreira dos ideais (diferente de Marte, um guerreiro que luta só pelo prazer de lutar em si). Daí a sua luta pela paz, pelas mulheres, os negros, a ecologia, a justiça.Até mesmo pela liberdade individual de ter a coragem de ser si mesmo.
By: astromundoacs on novembro 10, 2013
at 9:49 pm