Publicado por: astromundoacs | abril 25, 2013

ABRIL: TOURO E OS SEUS DESAFIOS

TOURO E OS SEUS DESAFIOS

                                                                                 Antônio Carlos Scavone

A frase típica de Touro é “eu tenho”. Ela demonstra muito bem que o Touro é possessivo e se prende de­mais aos objetos e termina transferindo essa possessividade aos seus relacionamentos. Ex­tremamente preso às coi­sas e as pessoas, precisa aprender o desprendimento até para que o ciúme não ocupe, dentro de sua vida, um lugar muito grande. Caso ocupe, muito da sua dis­criminação se perde.

Saber desprender-se de tudo que está a seu redor é funda­mental, porque facilita a superação do materialis­mo. A preocupação de tor­nar tudo tangível, ou viver a concretude, leva-o a uma busca de valores somente físicos e a satisfações materiais. Então é preciso bus­car qualidade, valores maiores que valham a energia e o esforço necessários para alcançá-los.

É preciso entender que as posses para o Touro estão intimamente ligadas com a segurança emocional. Daí a dificuldade de dividir os seus bens ou perdê-los de vista. E é via o Es­corpião, seu signo oposto e complementar, que o Tou­ro pode transformar esta preocupação com a mate­rialidade, aprendendo a va­lorizar a energia psíquica e a ser mais profundo, investigando além da superfície. Uma vez liberada, essa ener­gia escorpiônica pode ajudar o taurino a transformar a matéria, vencer a inércia e a placidez, e a dirigir sua vontade para satisfações mais profundas do que as dos prazeres materiais, ou de uma vida regida só pelo prazer. Isso o leva a eliminar o que não é essencial.

Preocupado em ser in­dulgente com os prazeres dos sentidos, e em satisfa­zer seus desejos materiais e físicos, o Touro tem co­mo um dos grandes desa­fios, superar ou sublimar seus desejos. Canalizar es­ta força para um uso cons­trutivo capaz de belos e só­lidos frutos. Quando não consegue, e fica à mercê dos seus desejos e imodera­dos apetites, o resultado das suas experiências sem­pre trazem um sabor amargo e de profunda insa­tisfação. Muito conservador e conformista, o Touro facil­mente cai na imobilidade e na imutabilidade. Aí, encon­tra um dos seus maiores desafios, que é exatamente o de compreender quando um processo chega ao fim.

Seus projetos são ali­mentados por idéias fixas e essas constituem um dos maiores obstáculos que en­frenta no seu crescimento. Assim, é preciso, primeiro, flexibilizar o pensamento, depois, aceitar a mudança como uma etapa natural dentro de qualquer proces­so, e não ser teimoso na ho­ra da mudança.

O Touro sempre corre o risco de confundir o estável com o está­tico, e não avançar no mo­mento certo. Outro ponto é o apego ao convencional e a falta de originalidade, uma vez que o Touro tende a se repetir e precisa de uma certa cora­gem para sair do que consi­dera os limites da sua acei­tação e a dos outros. Teme “ficar por fora” se não agir como todo o mundo age, e por isso busca o enquadra­mento, sacrificando a origi­nalidade. A grande saída, nesse caso, é a artística. A arte pode oferecer ao taurino um ca­nal concreto de expressão onde ele possa jogar seus talentos, sem medo de cair no ridículo. Se assumir o la­do artístico profissional­mente, melhor ainda. Mas sempre se sentirá muito bem, mesmo quando exercita a arte como hobbie. Nada o sensibiliza tanto como a beleza.

Seus mais ferozes inimigos são a “cabeça-dura” e a obstinação. Uma vez iniciada uma tarefa, dentro de um ritmo e de um estilo determinados, quer seguir até o fim. Muitas ve­zes sabe que está errado, ou é avisado. Não se impor­ta e continua. Há uma ener­gia cega que precisa ser combatida com a lucidez. Caso contrário, as decisões serão desastrosas e isto ge­ra uma certa dependência dos outros. Ter suas ações fertilizadas pelas idéias alheias será sempre mais fácil do que por suas próprias, até para não perder a direção correta. Em situações novas, isto se torna mais evidente, por­que aí não tem parâmetros, regras ou tradições para se orientar.

Na realidade, o Touro pe­de sentido e direção à sua força excessiva. No mo­mento em que conseguir colocar a força da repeti­ção a serviço de um objeti­vo elevado e útil para a co­munidade, se sentirá feliz, pois ao Touro cabe desen­volver a vontade de servir, colocar-se com prazer em função dos ideais so­ciais, sacrificando os inte­resses pessoais. Uma vez que tenha captado este ideal maior, seja espiritual ou social, não será difícil para o taurino concreti­zá-lo na vida cotidiana. Uma das chaves para que o poder do desejo seja vencido e refreie sua insa­ciabilidade, afastando a in­veja, está na gratidão e na satisfação. Para tanto, o Touro precisa voltar seu olhar ao que está disponí­vel ao seu redor, e reconhe­cer a beleza e a maravilha de cada momento presente, ver o lado bom e belo de ca­da objeto, de cada pessoa e de si mesmo, mas também conseguir perceber o signi­ficado dos acontecimentos, por mais desagradáveis que possam ser. Na desco­berta da profundidade des­te significado, haverá com­preensão e progresso no ca­minho espiritual. Assim, terá confiança na vida e nas forças vitais da nature­za, e a segurança de que te­rá tudo o que for necessá­rio.

O problema da autoestima é importantíssimo para o Touro. Ele precisa reconhecer o seu próprio valor. Geralmente cai no extremo, ou exagera, ou subtrai. Desse modo perde a perspectiva de quem é e do que pode dar para o mundo.

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