MARÇO: ESSAS MULHERES ARIANAS…
Antônio Carlos Scavone
A mulher do signo de Áries, não raro, assusta os homens. Sua necessidade de independência é imensa. Gosta de fazer seu próprio caminho, de caminhar com suas próprias pernas, de abrir suas próprias portas. Aquele velho conceito de mulher dependente e submissa não funciona com ela.
Não precisa da ajuda masculina. Prefere, até porque é mais rápido, fazer por si mesma o que deve ser feito. E tem a certeza de fazer melhor. Não espera que o homem a socorra ou se decida. Desde o simples ato de puxar uma cadeira até o de dar o primeiro passo para o amor, ela quer sempre tomar a iniciativa ou assumir o comando. Gosta da conquista e não entende quando o homem lhe resiste ao encanto. Então, é preciso provar isso com todas as letras. Sua paixão pode ser intensa, mas é capaz de aparentar indiferença ao homem amado. Afinal, não quer perder nenhuma batalha. É regida por Áries, e marciana sendo, quer dominar o ser amado. Só que por trás de sua máscara de dureza, existe uma criatura romântica e idealista, muito mais sonhadora do que poderíamos imaginar, que – no fundo – está procurando seu “príncipe encantado”, tanto quanto o homem ariano procura sua donzela.
A busca desse ideal ou herói é, na maioria dos casos, decepcionante e leva no seu bojo uma ansiedade. Mas sua idéia é fixa e ela insiste, pagando, âs vezes, com o preço da solidão, o fato de nunca encontrá-lo. Mas sua chama é forte, custa a apagar-se. Quando menos se espera, reacende-se e já é um incêndio. Encontrado o amor, mostra mais uma vez seu romantismo. Cria a seu respeito uma imagem ideal e a defende com grande garra. Custa a reconhecer os defeitos dele e detesta que o critiquem, mesmo com razão. Ela se orgulha dele. E sua paixão é cega e ciumenta. É surpreendente a forma como explode o seu ciúme. Um simples comentário sobre a beleza pode gerar um vulcão. Sua retirada do primeiro lugar na vida do amado deixa-a incomodada e ferida. A secretária do marido pode ser o pivô ou qualquer olhar inocente para suas amigas. E uma ariana ferida passa facilmente do estado de fogueira para iceberg. E a inflexibilidade ariana pode se estender durante um longo período, e até a eternidade.
As mulheres arianas são altamente empreendedoras. Profissionalmente são capazes para qualquer tipo de trabalho (mesmo os chamados “masculinos”) desde a corretagem na Bolsa de Valores até os desfiles de moda e a jardinagem e, se for realmente uma carreira ou profissão, dificilmente abandonará o trabalho por qualquer outro motivo. É mais fácil que ela desista de um casamento que a esteja afastando de sua carreira do que deixar o trabalho por um amor. Pode até cogitar esta possibilidade, se estiver muito apaixonada, mas passado o encanto, ela precisará retomar sua vida ativa profissional, pois, se não o fizer, criará montes de frustrações e montanhas de problemas. A energia do Áries se refaz na ação, por isso qualquer tempo ocioso que tenham acham logo um jeito de preencher para não se cansar.
É essa energia e resistência do Marte que garantem sua boa saúde física e mental. Ama o perigo e a velocidade, despreza a dor. O repouso cansa-lhe. Costuma viver num ritmo que poucas pessoas aguentam e aí está seu principal problema, porque fica exposta ao “stress” que pode levá-la a estados depressivos avassaladores. Como não costuma parar para “recarregar suas baterias” pode sofrer dores de cabeça (resultantes do stress e porque Áries rege a cabeça), nevralgias faciais, sinusites e febres altas. Porém, se buscar meios de manter em equilíbrio sua energia, praticando esportes velozes (corrida, atletismo, tênis, etc), evitando o fumo e o café (e os excitantes em geral), poucas pessoas terão sua disposição, energia e vitalidade.
Um exemplo bem ilustrativo do protótipo da mulher ariana é Scarlett O’Hara (principal personagem feminina do filme “E o vento levou”). Como Scarlett, a mulher de Áries adapta-se rapidamente a qualquer situação sem se lamentar. Sua característica principal é a ousadia, que ela usa para enfrentar um exército em marcha, para desafiar as convenções ou mesmo para matar um inimigo que ameace sua família. Na passagem em que se vê sozinha, na miséria é sem amigos, Scarlett – arianamente – ergue os punhos fechados contra o céu e grita: – “Vou sobreviver e jamais tornarei a passar fome, nem que precise mentir, roubar ou trapacear. Deus é testemunha de que jamais eu ou minha família voltaremos a passar fome”. E assim o fez, sem esperar que um homem viesse em seu socorro, ela assumiu o comando e venceu a dificuldade. Mais adiante na história, com a filha morta e o homem que amava saindo de sua vida, esta típica mulher ariana ainda consegue dizer: “Arranjarei um jeito de fazê-lo voltar. Jamais houve um homem que me resistisse quando resolvo dominá-lo… Afinal de contas, amanhã é um outro dia”. Portanto, podemos não concordar com elas, mas estas bravas mulheres, sempre defenderão com ardor aquilo que realmente acreditam.
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