2013
O BRASIL
Antonio Carlos Scavone
Nesse ano civil, o Brasil terá o grande desafio, de conseguir harmonizar as ideologias dos governantes, com as necessidades executivas mais urgentes. Maior flexibilidade ideológica e menor burocracia, será o antídoto, para que os projetos de médio e longo prazo possam ser realizados. A pressão para a concretização estará muito forte. Parte vinda do próprio calendário dos eventos esportivos mundiais, que iremos sediar, os quais exigirão mais que promessas e falatórios; parte pela alta exposição, diante da comunidade internacional, ansiosa por conferir nossa real capacidade de executar o que foi prometido.
Nesse sentido, o ano facilita a retomada de programas abandonados, tais como o do etanol. Mas as dificuldades de infraestrutura não facilitarão essas iniciativas.
A tendência natal do BR de ter governos fortes e centralizadores estará em xeque, pois haverá uma busca de maior espaço e afirmação do poder Legislativo e Judiciário. Será mais difícil, para o Executivo, governar de forma plenipotenciária como vem ocorrendo, na prática. Além disso, o poder executivo federal tenderá a demonstrar, por suas ações e decisões, uma falta de rumo e de metas, desnorteantes. Há menos espaço para velhos truques. E o ideal republicano terá de se sobrepor com firmeza nesses embates.
Também haverá uma forte tendência de traição no grupo de políticos que apoiam o governo, conhecidos como “base aliada”. Manobras sorrateiras, disputas entre grupos, organizados a partir de outros interesses suprapartidários afins. Algo que já aconteceu no ano anterior e se aprofundará no corrente ano. A capacidade de negociação do governo será testada nos mais extremos limites e os próprios líderes não terão facilidades.
A Agricultura será beneficiada por colheitas abundantes, apesar dos contratempos do clima. E um novo ciclo será iniciado. Nossa autoestima, como nação estará em alta. E a oposição ao governo, tão tímida até agora, vai fazer mais barulho…
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