Antonio Carlos Scavone – Astromundo

O PROCESSO DE PLUTONIZAÇÃO E A SOMBRA

Antônio Carlos Scavone

A Plutonização e a sombra

Na Plutonização é fácil confundir esse processo com a própria sombra. Na verdade, as profundezas desse processo são abissais, e a alma não tem acesso a tudo aquilo que está guardado no inconsciente mais profundo.

Plutão regente desse processo rege também o sinchit karma. O conteúdo desse karma é inacessível a nossa alma, a não ser quando, ela chega à iluminação, e estiver totalmente livre de seus karmas.

Nesse processo, a sintonia com a sombra é tão grande que não há nenhum temor ou incompatibilidade entre plutonização e sombra. Há uma proximidade quase fusional entre as duas. Podemos dizer que a Plutonização é a sombra e que sua sombra seria como a Sombra da sombra.

A questão seria a intensidade. E essa é sempre uma característica da plutonização. Nela, tudo é tão intenso e sem limites que é impossível medir ou encontrar a medida.

A plutonização é por excelência movida por compulsividades, às vezes muito arcaicas, outras até muito cruéis que emergem do inconsciente mais profundo, quando há pressões muito fortes. Sempre há nessa sombra um sentido muito forte de catarse.

Também devido ao fato que esse processo está intimamente ligado ao tempo psíquico, ele pode fazer colagens inusitadas entre experiências vividas pela alma entre vidas, muito distante no tempo cronológico, mas que podem se tornar contíguas no tempo da alma.

Há um fator histórico e cultural que devemos levar em conta. Depois da descoberta do planeta Plutão, no séc.XX, que entre outras coisas nos trouxe a Bomba Atõmica e a Psicanálise de Freud, e depois de seu Transito por Escorpião, o seu signo, entre 1985 e 1995, quando encarnaram nesse planeta muitas almas “phds em catástrofes” que terão um papel importante nas grandes transformações planetárias, nesse século, é como se aquilo que era sombra, viesse para a luz, e os seres humanos passaram a conviver com maior naturalidade com esse fenômeno, em seu dia-a-dia. E o abismo da Sombra mostrou para nós sua imensidão oceânica…