RIO + 20: UMA VISÃO ASTROLÓGICA
Antonio Carlos Scavone
O Mapa Astral da Era de Aquário mostra com muita clareza a importância da Ecologia e de tudo o que diz respeito à natureza.
Touro está na base do mapa e forma com o seu signo oposto, Escorpião, a medula desse mapa. Como uma Era Astrológica dura 2.160 anos, o tema desse eixo astrológico: a preservação da vida, estará em foco por muitas centenas de anos, a perder-se de vista.
E o conflito básico dessa Era estará representado pelo choque existente entre o grande e veloz desenvolvimento tecnológico (Aquário) e a preservação básica e simples da vida, em todos os seus sentidos (Touro). Temos hoje apenas uma pálida ideia, ao mesmo tempo fascinante e aterrorizadora de onde a tecnologia e a informática pode nos levar. E as novas gerações serão como que mergulhadas numa avalanche de realidade virtual, para o bem ou para o mal.
Há, astrologicamente outra questão importante a respeito: a conjunção Júpiter-Saturno, no signo de Touro, que, no ano 2000 iniciou um novo ciclo de 19 anos. O primeiro e imediato efeito foi um forçoso equilíbrio entre a expansão desenfreada da Nasdaq (a Bolsa de Valores eletrônica) e a Dow Jones ( a Bolsa dos Valores convencional). A bolha da tecnologia, que havia inflado demasiadamente, sofreu um choque de realidade e muitas empresas que surfavam nessa onda, viram a queda de suas ações e perceberam o óbvio: sem uma base sólida (Touro) e uma estrutura adequada (Saturno) nenhuma expansão (Júpiter) se sustentaria,
A essa altura, a consciência planetária tem claro que o modelo atual é insustentável e que as mudanças exigem reformas, sobretudo econômicas, isto é, no Capitalismo. A entrada de Plutão em Capricórnio detonou a crise de 2008, ainda em curso e muito ativa agora na Zona do Euro, e espalhada pelo planeta. Cada vez fica mais claro que sobra dinheiro para salvar os bancos em crise, mas falta dinheiro e principalmente vontade política, para encaminhar as soluções da preservação do planeta. Mas como Capricórnio rege todas as estruturas existentes (geológicas, físicas, sociais, econômicas ou psíquicas) e o tempo cronológico, a estrutura hierárquica de poder político e econômico, entre países, de nossa Civilização, vai sendo rompida inexoravelmente, por essa lenta passagem.
Assim, a Rio + 20, nesse momento crítico da Humanidade, tem o mérito de trazer à luz essa questão e de convocar todos a fazer a sua parte, a partir de pequenos atos, dentro de sua casa, e em sua vida cotidiana. E nos lembrar o quanto dependerá da Educação o sucesso dessa transformação. E, radicalismos à parte, nos lembra também, o esforço que devemos fazer para chegarmos ao caminho do meio, o ponto Tao, a milenar sabedoria de Confúcio que tudo integra.
Deixe um comentário